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A Região de Viseu esteve presente na CAMINHADA PELA VIDA realizada em Lisboa. Foi uma jornada inesquecível sobre a Vida, em defesa dos sem defesa – mães grávidas e filhos por nascer! O Distrito esteve representado pelo Movimento Cívico “ESCOLHE A VIDA!”e pela ADAV-Viseu! Durante a campanha outras iniciativas irão ser lançadas. Contamos com todos os defensores da Vida para as tarefas de informação e divulgação! Contacte-nos! Eis uma imagem! Eis a nossa motivação! Não esqueça! Ainda está a tempo de salvar muitas vidas!
ESCOLHE A VIDA! E canta: “Agarra… agarra a Vida! Ela é Dom! Ela é p’ra todos! P’ra toda a vida!” |
A Vida é sempre já Porque a vida é Vida Vivemos e sentimos És tu, sou eu De facto existimos És tu, sou eu Desde aquele instante És tu e sou eu A vida é sempre… A vida é... é… é… |
Regressei a casa. O aborto já eu tinha feito. Agora passava os dias em total solidão. Fazia tudo para não me cruzar com a minha mãe. Não podia olhar para ela! Não que a amasse (era minha mãe!) mas fez-me um mal enorme ao obrigar-me a colocar fim à vida que em mim viveu durante cerca de treze semanas e meia. As dores continuavam e o sangue não parava! Eu não aguentava mais! Sentia-me fraca e tinha fortes dores de barriga. Ela não me levava ao médico por ter vergonha e não desejar que soubesse. Desisti de estudar, pois não conseguia andar na rua. Pensei que pudesse morrer das hemorragias. Será que nem assim me levaria ao hospital? Como seria possível que uma mãe pudesse ter levado uma filha a este estado? Recordo que, um dia saí de casa e assaltaram-me pensamentos fortes. Deparei com um amigo. Convidou-me para tomar café, coisa que era hábito aceitar. Eu recusei mas ele viu no meu rosto algo diferente e questionou-me: - Que se passa? Não estás bem! Não estás a pensar fazer algo de mal, pois não? - Não – respondi eu – vai tu tomar café! Eu talvez vá lá ter! Afastámo-nos e eu gritei-lhe: - És um amigo formidável, cuida e ti! Desloquei-me para um lugar isolado junto a uma ravina e tentei acabar comigo! Mas o meu amigo tinha-me seguido e impediu-me. Agarrou-me, deu-me dois estalos e disse-me: - Tu estás louca?! Tu queres terminar com a tua vida não tendo tu culpa alguma no sucedido?! Levou-me para casa e tudo ficou em segredo. Gradualmente as hemorragias foram sendo cada vez menores e cerca de três meses após comecei a sentir-me melhor fisicamente. Conheci depois o meu marido! Foi uma razão para sair de casa e ir viver com quem me amou, tal como eu era. Engravidei de novo e senti medo, muito medo! Foi também com receio eu lhe dei a notícia! Mas ele ficou louco de contente! Aceitou o bebé e começou logo a fazer planos para a nossa vida, a três. A minha mãe ficou novamente chocada por ter a filha grávida segunda vez. Queria-me modelo profissional, com um futuro “lindo”, sem filhos! Mas hoje, sou mãe, a tempo inteiro! Tenho três meninas lindas! É a maior e melhor dádiva, esta, de podermos ser pais, de termos dado vidas! É certo que a dor de parto é dolorosa, mas é uma dor linda quando sabemos que poderemos olhar o sorriso das filhas! Temos algo nas mãos, sentimos o seu corpo vivo, acompanhamos o seu desenvolvimento, suas traquinices. Temos preocupações, é certo! Mas é assim a vida! Não será assim que nos sentimos felizes? Sinto porém uma mágoa muito grande. Uma tristeza ainda hoje me assola o coração. Não tive ninguém que se assumisse amigo e me dissesse: - “Não abortes! Eu ajudo-te!” Eu teria fugido da minha mãe e tinha tido o meu menino! Jamais teria feito um aborto! Por isso digo que uma gravidez indesejada pode gerar na mulher, desprevenida, medos e angústias. Mas, se ajudada, aprenderá a amar e cada sorriso do seu filho nascido será um momento felicidade! Nada é mais lindo do que viver a maternidade! Sei que meu acto foi reprovável. Por isso aqui o descrevo com a intenção de poder servir para reflexão. A minha culpa ficou atenuada por ter sido impelida pela minha mãe, que já partiu deste mundo e a quem não consegui perdoar! Sinto-me triste por não o poder ter feito. Mas hoje, sinto alegrias diárias com as minhas três meninas! São mulheres e vão crescer! Estarei sempre junto delas para que sintam como a mãe as ama! Se, mais tarde, tiverem o descuido que eu tive, serei para elas sempre a melhor amiga, apoiando-as e aceitando! Pior que uma gravidez indesejada é morrer ou viver com as marcas físicas e psíquicas por companheiras de vida! Fim |
Na manhã seguinte levantaram-me bem cedo a uma farmácia onde se sabia que tentavam parar a gravidez, por injecções. Mas, graças a Deus, já não faziam mais isso. Passados alguns dias fui pressionada pela minha mãe para ir visitar uma mulher. Não refiro onde, pois entendo inadequado. E lá, combinaram o meu futuro. Iria lá fazer o aborto... Na altura eu não sabia, pois elas ficaram num quarto à parte, conversando. Eu ficara na sala. À saída, a minha mãe perguntara: - Mas diga-me, nada de mal vai acontecer-lhe, pois não? Ela poderá ter mais filhos? A resposta veio de imediato: - Sim, tudo ficará como dantes! Não se preocupe! Regressámos a casa em absoluto silêncio. Já em casa, a minha mãe disse-me: - No dia 6 de Janeiro, tu vais a esta mulher e vais tirar essa criança! Depois voltaremos a falar! Até lá não há mais conversa! Fiquei assustadíssima! Minha mãe nem ouviu a minha reacção. Dissera-lhe: Mãe, mas eu estou disposta a ir trabalhar e ficar com a criança! O pai não a quer, mas eu sim! Lágrimas e mais lágrimas! Ninguém imagina as lágrimas que derramei... Só me vinha à memória a fuga! Sair de casa! Mas… pensava: - “Vou para onde? Farei o quê? Se entretanto não tenho emprego? Não tenho apoio de ninguém!” Senti-me só e num Mundo que se diz ser pequeno e que, de repente, se tornou enorme para mim... Dia 6 Janeiro chegara. Senti-me incapaz de andar! As minhas passadas eram curtas e lentas. Tal deslocação de caracol! Eu não queria lá chegar, mas mais cedo ou tarde chegaria. Só pensava o tempo inteiro: -“Que vou fazer? … Se vivesse uma mão amiga, era para ela que correria. Mas nem isso tinha…E ia fazer mal a uma criança que não tinha culpa nenhuma! Ao chegar e entrar na casa, toda eu tremia por todo o canto! A senhora era uma mulher muito meiga…muito carinhosa e compreensiva comigo. Mandou-me despir e deitar na maca e examinou-me. De seguida, deu-me uma série de comprimidos! Ainda hoje não sei quais. Eu não estava em mim! Se fossem também para eu morrer, eu tinha-os tomado na mesma! De facto eu estava ali, forçada, por opção da minha mãe e não minha. Acabei por me deitar numa cama ao lado e… adormecera. Mais tarde vem a mulher e dá-me mais comprimidos. Outra dose, tomei ainda. Sei que me sentia viva, mas fora de mim mesma. Só me lembrava do pai da criança que eu entendia que não me podia deixar estar ali. Chorei mais ainda e só desejava sair dali para fora ou mesmo morrer! Pela acção dos medicamentos fiquei sem noção clara do que se passava. Nem mesmo noção do tempo! Recordo ter acordado e ainda não ter saído nada! A minha amiga foi-me visitar. Pedi-lhe para telefonar ao pai do bebé e lhe dissesse que eu estava ali para deixar matar o filho dele. Assim ele ficaria com as costas aliviadas, mas eu estava sofrer muito. O meu coração estava a ser arrancado e o sorriso nos meus lábios jamais seria o mesmo. Muito de mim ficava ali mesmo, com aquela criança. Sei que ele ligou depois, chorando ao telefone por e estar a sofrer. Mas era tarde! Lembro-me que, enquanto eu estava ali a contorcer-me em dores, uma mulher entrou e saiu de imediato. Questionei-me ainda mais sobre estes actos! Eu queria ser mãe - embora sem condições – e outras, mais velhas e bem na vida, optando por matar também seres humanos no ventre. Era injusto, duplamente injusto! Entretanto chegou a minha hora. Pânico era o que sentia. A mulher mandou-me ir para outro quarto, deitar-me na maca, abrir as pernas… As lágrimas não eram controladas. Pediu-me par inspirar profundamente, pois ia iniciar o aborto. Minha Nossa Senhora, eu não aguentei… Podem não acreditar, mas ainda hoje sinto o parto! Aquela mulher colocou as mãos dentro de mim e senti que puxava algo. Eu gritei fortemente, pois senti dores de morte. Eu, naqueles momentos, só desejava morrer ali mesmo para acabar com o sofrimento de uma vez. Senti depois as minhas coxas quentes e a voz da mulher dizendo: - O pior já está. Mas estas palavras em nada me confortaram. Continuei a chorar. Choro ainda hoje e neste momento em que recordo o que vivi. É uma dor que não sara mais! Por fim, a mulher levou-me de novo para a cama. Eu não via nem ouvia nada! As dores eram tantas que me senti fora e mim. Fiquei só, na minha solidão dolorosa. Senti-me muito mal, suja, inqualificável. À noite, tive visitas: amiga, irmã, padrasto e mãe. Todos me visitaram, mas à minha mãe eu não autorizei. Não desejei que ela me visse como a estava a odiar naquelas horas! Não entendia como uma mãe pode colocar uma filha numa situação daquelas. Sei que errei! Mas tentar “tirar o erro” é mais doloroso ainda. É um sofrimento que não gera felicidade! Não há rosto de bebé, não há nada… simplesmente dor e sofrimento carnal na hora e psicológico para a vida toda! Ninguém imagina! ... |
Tudo começou quando eu tinha 17 anos! Apaixonei-me por um homem de 27 anos! Certo dia, ambos decidimos ir à discoteca e passar uma noite bem divertida… A minha mãe autorizou a minha saída com ele e amigas, tal como lhe disse, quando lhe pedi. Claro que lhe menti. Eu não fui com amigas mas sim só!!! Posso hoje ter a certeza que nessa noite começara a maior dor que uma mulher pode sentir...mal eu imaginaria o caminho de sofrimento que iria sentir! Recordo que saímos da discoteca e fomos para casa dele onde eu iria ficar a dormir...!! Brincava eu com o gato dele, lindo, de pêlo comprido, quando ele se aproximou de mim e me deu um beijo enorme na boca… Começou com aquele beijo aceite a noite do meu maior desgosto! Não foi a única noite, é certo. Estivemos juntos mais uma noite! Hoje, serenamente, posso perceber como ele, mais velho, se aproveitou de mim, da minha juventude pouco reflectida, tirando partido de alguma inocência e do facto de eu sentir por ele atracção! De facto, gostava dele e por isso ele sabia que eu era capaz de fazer algo por ele... Ao fim de 4 semanas, a minha menstruação não vinha. Cinco semanas e… nada! Até comecei a ter desejos de comer banana com queijo - não me esqueço mais! Vim a descobrir então que estava grávida num teste de gravidez feito nas farmácias... Foi indescritível o choque que tive! Não queria acreditar e fiz um teste sanguíneo. Deu positivo. Eu estava mesmo grávida, com 17 anos! Senti-me dividida nos sentimentos: feliz, pois é uma virtude, um dom, poder ser mãe...mas, ao mesmo tempo...o que a minha mãe iria dizer?! Decidi então ocultar aquela gravidez., guardando a notícia só para mim e falar com o pai da criança. Marcámos vários encontros. Eu queria conseguir dele receptividade para que assumisse o filho. Porém ele disse-me sempre que não queria a criança. De imediato se falou de aborto, mas ele adiantou que não pagaria e não tomaria atitude alguma, não queria saber! Fiquei fora de mim e disse-lhe logo: - Abortar, não! Esta criança não tem culpa que dois seres não tenham tido cabeça na hora h! Nós não fomos responsáveis! Precipitamo-nos! E ele nada… sempre a fugir ao assunto. Será que ser pai mete medo? A dor de parto não é sentida pela mulher? O homem nem imagina o que isso é (o que é pena)! Ele, definitivamente, não quis a criança! Foi isto que ele me disse na última vez que o vi! Daí, senti que estava só, com um ser, bem pequenino, dentro de mim... mas era meu! Decidi, apelando a todas as minhas forças, enfrentar fosse o que fosse no futuro! Encontrei uma amiga e…desabafei com ela! Confiei nela! Queria segredo mas também queria apoio! Ela, nada mais fez e, num telefonema, contou à minha mãe. A minha mãe, surpreendentemente, não me bateu pois o “mal” já estava feito! Porém, ralhou imenso comigo e foi-me dizendo: -Agora decide-te! Pensas em casar com o pai do bebé? Ides viver juntos?! Como é agora, menina? Eu, muito assustada, sabendo do resposta dele, simplesmente lhe disse: - Mãe, nada disso! Eu assumirei, sozinha, esta criança! A resposta dela foi simples, fria e cruel: – Ah sim?! E vives do quê? Achas que sou eu que o vou sustentar? Eu tive três e sustentei-os! Se tu ficares com essa criança, vais à procura de casa e trabalho! Mas aviso-te que ninguém te dará trabalho de barriga. Se assumes tu sozinha verás o que é viver a vida com as responsabilidades de teres uma criança, nessa idade. Mas não te esqueças que se me pedires ajuda, não ta darei! Estas palavras doeram e ainda hoje me doem. Sei que ela, em parte tinha razão, mas não era só eu que tinha de ser condenada. Ele também! Uma mulher não engravida sozinha!!! ... |
MAMI QUIERO VIVIR Mami quiero vivir junto a ti tus caricias quiero sentir tus besos y la alegría de vivir. Un día empecé a latir muy dentro de ti tu calor sentí tu cordón me alimenta de ti. Se que no quieres que viva soy un error para ti pero te digo yo a ti ¿Te pedí acaso existir? Déjame respirar, déjame vivir déjame crecer dentro de ti quiero alegrarte la vida no me dejes morir dentro de ti. Columba Elías Caracas, Vzla, 21-07-2007 |
Uma das razões apontadas para o Sim ao Aborto é “oficializar”, enfim, regularizar algo que é feito um pouco à sucapa, na semi-clandestinidade, em condições de ilegalidade, etc. Vamos partir do pressuposto abortista de que a vida intra-uterina tem um valor muito relativo. Vamos considerar que o aborto é a válvula de escape para as situações em que os anticonceptivos falharam ou não foram devidamente utilizados. Um filho implica muita coisa, desde um enquadramento familiar minimamente estável, alimentação, fraldas, depois a escola, os brinquedos, mais espaço em casa, mais tarde terá que ter playstation, depois o “iPod”, enfim a mota, o carro, dinheiro para a discoteca, etc. Sustentar todo esse percurso económico é um fardo pesado a pagar como resultado de um relacionamento ocasional ou de uma relação entre jovens adolescentes. E mesmo para um casal estável que planeou 2 filhos, o 3º ou 4º pode ser uma surpresa problemática. Mais, na generalidade dos países europeus o aborto não é tabu, não é sequer uma questão na ordem do dia. É preciso, faz-se. O Estado paga, ou mais ou menos, mas não há cá problemas de consciência. Vamos então tornar Portugal esse país normal e moderno, igualzinho aos outros todos, sem problemas éticos nem morais, e sem tabus sexuais. Quem quer faz, quem não quer não faz. Democracia, modernidade, liberdade total de escolha. Finalmente! Finalmente? Mas atenção, Portugal!... atenção Europa!... As maternidades são encerradas, as escolas vão fechando, a natalidade cai a pique, a economia vai definhando também, aqui e no resto da Europa. Os divórcios sucedem-se, os jovens drogam-se, cada um vive para seu lado. Pode não ter nada a ver, mas... quem sabe se não teremos liberdade a mais? Visto que o aborto vai ser mais um serviço à nossa disposição, vamos utilizar. Não nos esqueçamos, porém, de que os recursos são limitados. Se queremos ajudar as mulheres pobres a abortar, para não terem um rancho de filhos, então se calhar era melhor liberalizar só para determinados escalões de rendimento, para desempregados, para os do rendimento mínimo. Mas assim, visto que é para todos, vai saír muito mais caro. Reduz-se nas outras despesas? Num país em que as urgências fecham, em que os idosos recebem pensões que não chegam para medicamentos, num país em que os socorros demoram 6 horas a chegar ao Alentejo interior ou 3 horas a chegar a pescadores em aflição a 200 metros da praia... E a vacina contra o cancro do cólo do útero? Também vai custar caro, o SNS não vai conseguir comparticipar. Porque não optar pela vacina em vez de financiar o aborto? Dizer Não ao Aborto é do interesse de todos, a todos os níveis. Introduz uma certa moralização na vida pública e até política: quase todos os partidos aceitam com mais ou menos entusiasmo o Sim ao aborto, é uma boa oportunidade de dizermos que estamos fartos de oportunistas nos partidos e de que há mais cidadania para lá dos partidos! É também obrigar a comunicação social a pensar duas vezes antes de “cozinharem” as nossa próprias opiniões nas redacções. Estamos fartos de ser usados e manipulados por jornalistas sem escrúpulos, e por gente bem pensante sempre na vanguarda! Dizer Não mostra também que Portugal não é um país como os outros, quando quer é diferente, e para melhor, e pensa pela sua própria cabeça, dizer Não é uma forma de afirmação nacional! De resto os outros seguir-nos-ão mais cedo ou mais tarde: na Alemanha gastam rios de dinheiro com o aborto e agora gastam rios de dinheiro a subsidiar nascimentos, e ainda não perceberam o equívoco. Vamos nós seguir este exemplo de desperdício? Por fim, dizer Não ao aborto é dar força à família, aos pais responsáveis face aos jovens com dúvidas, é dar força aos mais velhos e aos seus princípios, é dar coesão aos casais. É também defender os jovens deles próprios e dos seus impulsos irreflectidos, é dar-lhes mecanismos de protecção para poderem dizer não, quando necessário. É criar responsabilidade para evitar disparates. É até ajudar a combater a prostituição e o submundo a ela ligado, e é, por fim, uma questão de elementar bom-senso. Ahhh... e… já agora, dizer Não ao aborto é respeitar a vida, por muito insignificante que isso pareça! João Paulo Geada In Comarca de Arganil |
Ontem foi um dia grande para a Vida em Viseu! Não podemos deixar de agradecer, em nome da ADAV-Viseu, entidade que organizou a Conferência “Aborto, falar claro!”, a todas as pessoas que decidiram fazer um serão diferente, na noite do dia 12 de Janeiro. Foi maravilhoso poder escutar a pessoa escolhida para ser o palestrante! De facto, o Dr. Pinheiro Torres, um jovem ainda, conseguiu esclarecer com objectividade o imenso auditório que se manteve atento e interveniente durante mais de duas horas e meia. Parabéns portanto também por aquele modo descontraído, sem formalismos e com linguagem simples e perceptível! Alguma publicidade feita possibilitou que mais de 350 pessoas pudessem recolher informação e esclarecer muitos dos aspectos que estão em causa. Destaco alguns aspectos que ficaram bem notados: - Afinal o aborto está já despenalizado em Portugal! E são muitas já as situações em que tal acontece e nem por isso deixa de haver pessoas a optarem pela morte dos filhos gerados em si e a de si precisarem para serem pessoas! - A maioria das mulheres que abortam, fazem-no para lá das dez semanas! - A despenalização gerará liberalização mas só até ás 10 semanas! Quem abortar às 11 semanas (p ex.) ou o fizer no “vão de escada” ou recorrer a clínicas não autorizadas, terão que ser julgadas e sofrer a pena! - A pena para a mulher que aborte é a mesma que é atribuída a quem agredir outra com uma bofetada! (CF Código Penal e… pasme-se!); - As mulheres que, com a actual lei, não recorrem a ela por terem vergonha ou querendo esconder um acto de algum modo condenável (infidelidade, sexo ocasional, conveniências em viver prazer momentânio…) continuarão a proceder de igual modo. - Sabendo que a gravidez não é um estado de doença mas sim um estado sublime de saúde, não se entende a razão para incentivar o aborto! - O aborto por opção simples da mulher é também a a destituição da paternidade. - … (bem… muitos outras razões que justificam o NÃO ficaram claras!). O trabalho que a ADAV-Viseu está a desenvolver, só poderá ser determinante na área/distrito de Viseu se as pessoas se desinstalarem e se disponibilizarem para colaborarem em acções de esclarecimento e divulgação de material informativo. Apela-se portanto a que quem desejar dar o seu contributo pessoal, tome a iniciativa de contactar a Associação. Seria bom poder registar a adesão à ADAV-Viseu de muitos dos que se preocupam com a vida e que entendem que ela é tarefa de todos! JD |
Em 29 de Maio de 2000, encontrava-me em Washington, nos EUA. Por coincidência, era dia feriado, designado de Memorial Day, dia em que os americanos prestam homenagem aos seus compatriotas mortos caídos em conflito. Em particular, no cemitério da capital americana, o cemitério de Arlington, é habitual realizar-se uma cerimónia oficial de homenagem muito especial, na qual todas as campas sem excepção ali existentes são “engalanadas” com uma pequena bandeira dos Estados Unidos colocada na relva imediatamente ao lado. Os familiares juntam-se recolhidamente em volta de cada uma dessas campas. Nesse ano de 2000, o presidente dos EUA, Bill Clinton, compareceu à cerimónia e discursou durante longos minutos. Eu desconhecia por completo o que se iria passar e simplesmente me havia deslocado ao cemitério porque é de facto uma das principais atracções turísticas da cidade, pelos seus extensos jardins e relvados. Quando me apercebi do que se estava a passar, aproveitei para me dirigir ao recinto central onde assisti “ao vivo” ao discurso de Bill Clinton, por sinal proferido na véspera de este se deslocar a Portugal. Para minha grande surpresa, foi um discurso marcante e interessante, cujas linhas gerais não esqueci. O que o presidente americano disse, e que eu retive, foi um apelo simples: há que lutar pela liberdade, pela paz, pela democracia, onde quer que estejamos, em cada momento, para que o sacrifício destes nossos compatriotas já falecidos conte... “to make their sacrifice matter” ; há que honrar a sua memória e ser dignos dos seus actos heróicos, para que tenha valido a pena, para que o seu sacrifício conte; há que seguir o exemplo dos heróis do passado e seguir as suas pisadas nas circunstâncias do presente, para que o seu sacrifício conte... “to make their sacrifice matter”. De forma muito clara, também nós portugueses, em cada momento e em cada lugar, temos o dever de honrar os nossos antepassados, as nossas lutas passadas, as nossas tradições e os nossos princípios, para que todo o seu esforço e sacrifício, tenha valido a pena, para que faça sentido. Portugal foi o primeiro país europeu a abolir a pena de morte, foi dos primeiros a banir a escravatura, fomos os primeiros a navegar pelos quatro cantos do globo. Levámos a fé nas nossas naus a África, ao Brasil e ao Extremo Oriente. Porquê renegar agora os nossos princípios éticos e religiosos? Porquê aderir a estilos de vida sem valores que outros adoptaram e de que começam a arrepender-se. Porquê seguir com anos de atraso as asneiras alheias? E mais. Qual a melhor forma de valorizar o sacrifício de milhares de mães-solteiras que criam os seus filhos? Qual a melhor forma de reconhecer o sacrifício de milhares de pais com filhos deficientes, físicos e mentais? Qual a melhor forma de agradecer a médicos, enfermeiros, agentes da protecção civil, que todos os dias se sacrificam para salvar vidas? Será aprovando o aborto? Será financiando o aborto? Será sancionando o aborto? Será legalizando o aborto? Muitos povos têm tido importantes provações, o 11 de Setembro nos EUA, o 11 de Março em Espanha. Nós portugueses, que temos estado a salvo de muitas das convulsões e de muitos flagelos do nosso tempo, como o terrorismo, temos uma oportunidade, a 11 de Fevereiro, de ser um exemplo para a comunidade internacional e de mostrar o caminho a seguir. Se conseguirmos dizer Não, será um novo motivo de orgulho para Portugal. João Paulo Geada In Comarca de Arganil |